sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Madonna e o Título de Rainha do POP

“Estou planejando me transformar numa das maiores estrelas do século”, foram as palavras que uma tal de Madonna Louise Veronica Ciccone disse em uma coletiva de imprensa que ocorreu no primeiro semestre de 1983, e foi descrita no livro Madonna – uma biografia íntima, de J. Randy Taraborrelli. Mas será que tal comentário egocêntrico, faria se julgar confiável?

No mesmo livro a própria cantora diz: “Sei que não sou a melhor cantora e dançarina do mundo. Sei muito bem. Mas estou nem aí para isso. O que eu quero é mexer os pauzinhos.”. De fato, esta mulher conquistou o título de Rainha do Pop. E mesmo viva, está imortalizada (com este título) junto a nomes como Charlie Chaplin, Marilyn Monroe, Carmen Miranda, Michael Jackson, Marlon Brando, Elizabeth Taylor, Elvis Presley, e tantos outros.  Aliás, o título de “rainha do pop” anda circulando por ai, bastando surgir uma cantora, declara já como a nova rainha do pop. Muitos esquecem e/ou não sabem o significado e soberania deste título. Sim! Podem vir outras rainhas, mas a eterna já existe. Tal como o rei do rock, o rei do pop, também temos a rainha do pop: Madonna. 

Não é de hoje que vemos escândalos envolvendo o nome Madonna, ora sobre a liberdade sexual, racismo, ou a ditadura de regras religiosas. Conseguiu ditar regras de comportamento, de moda. E ainda mantem suas ideologias em alta. Esse é o ponto: ideologia. Artistas como Madonna, em meados da década de 80, lutavam a favor de suas ideologias, queriam através de sua arte mudar alguma coisa. Nós brasileiros, se pesquisarmos um pouco, veremos que muitos artistas daqui fizeram sua carreira assim. Por estudar a arte, acredito que o artista precisa passar algo transformador para as pessoas. Caso isso não seja feito, encontramos uma arte vazia, sem estímulos intelectuais.

Outros artistas não lutam visivelmente por ideologias, tais como, nos casos das falecidas Cora Coralina e Mercedes Sosa. Cora escritora brasileira que, através de seus textos, conseguiu trazer viva sua querida Goiás e Mercedes, cantora consagrada, deixava viva suas canções folclóricas. Estas artistas também participam da arte, mas de forma mais histórica, contribuindo para a história do seu lugar de origem.

Madonna, de Michigan, não apenas contribuiu para a arte do teu lugar, mas sim, pela arte mundial. A história da música não foi mais a mesma depois do seu surgimento, de acordo com o historiador musical Paul Gambaccini, no documentário “Madonna- Wild Angel”: "Se olhar as paradas antes de Madonna, a voz dominante na música popular é masculina. Depois de Madonna é feminina".

Não tenhamos mais dúvidas quanto ao reinado desta cantora que sempre esteve um passo na frente de seu presente, surpreendendo e conquistando multidões. Como dizia a própria rainha: “Mas o que seria do negócio da música sem mim?”.


Artigo publicado no site MadonnaGo.
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